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A entrevista

Atualizado: 27 de jun. de 2020

Poderia descrever um pouco a rua e o bairro que marcaram a sua infância?

A Avenida era bem movimentada, com muitos carros, uma linha de bonde e ônibus, algo que não era muito comum na época, ter tantos meios de locomoção disponíveis na porta de casa, era e ainda é uma avenida movimentada.


E da sua casa, o que o senhor se lembra?

Era um grande sobrado, com jardim na frente, com seis canteiros de flores que meu pai cuidava com muito zelo, e era muito apreciado pela vizinhança.


Quais eram as brincadeiras favoritas? Brincava na rua/dentro de casa?

As brincadeiras era sempre na rua e com muitas crianças, umas 20 pessoas, brincávamos de futebol e de taco. Praticamente todas as tardes.


E da sua escola, o senhor se lembra? Ficava no mesmo bairro?

A escola não ficava perto da minha casa, eu tinha que pagar o bonde ou ônibus até a escola que ficava no parque Dom Pedro II, era o Colégio Estadual Presidente Roosevelt.


Ouve alguma grande obra na rua ou no entorno de sua casa?

A FAB, a aeronáutica se mudou pra lá, onde antes jogávamos bola, mas nenhuma grande mudança na paisagem, o que mudou também foi o bonde que passava por lá, e hoje não existe mais.


Em sua opinião o bairro sofreu mudanças significativas? Em relação a paisagem ou funcionalidade do mesmo?

Era completamente residencial, que eu me lembro, meu pai foi o primeiro a abrir um consultório médico na avenida. Em relação aos prédios, foram construídos uns três depois que fui morar lá, mas prédios baixos, de uns quatro andares, mais ou menos. Hoje tem estabelecimentos comerciais, mas se você comparar com outros bairros da cidade, de lá pra cá não mudou muita coisa, já havia asfalto, calçamento, era uma avenida com mais casas, e até hoje não tem muitos prédios.


Em relação aos moradores, mudou o nível social ou a faixa etária?

Era um bairro de classe média alta, com muitos sobrados grandes, habitados por famílias, hoje é um bairro de classe média.


Até qual idade o senhor morou lá?

Até 1972. Morei quase 30 anos.


Seus amigos continuam morando no bairro?

Não, a maioria mudou depois de adulto.


E como surgiu os encontros anuais dos seus amigos de infância?

Foi um amigo que se candidatou a vereador, que teve essa idéia de reunir os antigos colegas. Ele não conseguiu se eleger, mas as reuniões continuaram, ano após ano, e em 2019 completamos 59º reuniões. A formação inicial se modificou porque alguns integrantes faleceram, mas a tradição se mantem, e alguns filhos desses amigos passaram a frequentar.


Como está a reunião atualmente?

A cada 2 anos uma nova comissão é formada, mas nunca me interessei em fazer o evento, prefiro apenas confraternizar.


Há algo que gostaria de falar e não foi perguntado?

Pra se ter uma idéia de como era lá naquela época, tinham três ou quatro casas com piscina, algo raríssimo, o museu era muito frequentado, e a avenida chegou a ser local de desfile de 7 de setembro.


O que o senhor achou de contar um pouco de sua história?

Traz lembrança de uma juventude, dos meus 14anos de idade. Achei um trabalho interessante falar das minhas recordações.



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